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As terapias usando o calor (termoterapia) e usando o frio (crioterapia).

         Calor e frio são aplicadas em uma parte específica do corpo do paciente ou em todo ele para causar uma mudança sistêmica ou local na temperatura corporal, com vários objetivos terapêuticos. As reações fisiológicas ao calor e ao frio são modificadas pelo método e pela duração da aplicação, pelo grau de calor e frio aplicados, pela idade e pela condição física do paciente e pela quantidade de superfície corporal coberta pela aplicação (TAYLOR, 2007). 
       As aplicações externas de calor e frio têm por objetivo ajudar as funções naturais do corpo e se constituem como um dos tratamentos mais antigos e os pacientes são receptivos ao tratamento, por ser eficaz e proporciona alivio imediato (ARAGÃO, 2015). 
     O calor local dilata os vasos sanguíneos periféricos promovendo aumento do metabolismo tissular, reduzindo por sua vez, a viscosidade do sangue e aumenta a permeabilidade capilar, além disso, reduz a tensão muscular ajudando no alívio dor. A vasodilatação também favorece o aumento do fluxo sanguíneo local. Consequentemente, aumenta o suprimento de oxigênio para a área, diminuindo a congestão venosa.A aplicação local do frio contrai os vasos sanguíneos periféricos, reduzindo espasmos musculares e promovendo o conforto para o paciente. O frio reduz o fluxo sanguíneo aos tecidos e diminui a liberação local de substância que produzem dor, como histamina, serotonina e bradicinina. Essa ação, em contrapartida, reduz a formação de edema e inflamação. Necessidades metabólicas e permeabilidade capilar diminuídas, combinadas com coagulação de sangue aumentada no local da ferida, facilitam o controle do sangramento e reduzem a formação de edema (TAYLOR, 2014). 
      Os benefícios clínicos produzidos pelo calor e pelo frio são similares. A seleção, contudo, se baseia em vários fatores que no momento poderão ser empíricos, mas que são de importância: Estágio de inflamação: geralmente, o frio é preferível durante o estágio agudo da inflamação para aliviar a dor, reduzir o sangramento e possivelmente reduzir o edema. O calor, em contraste, pode exacerbar o processo inflamatório inicial. Contudo, deve-se lembrar que o frio pode retardar o processo básico de regeneração (MARCHEZIN, 2012). 
        As terapias usando o calor (termoterapia) e usando o frio (crioterapia) não levam à cura de nenhuma enfermidade, porém são instrumentos importantes que auxiliam no tratamento de várias patologias ortopédicas e neurológicas. São recursos sintomáticos, que quando aplicados adequadamente, reduzem o espasmo muscular e a sintomatologia dolorosa, preparando a região afetada para a aplicação das técnicas terapêuticas (LOPES ET AL, 2003).





 EFEITOS DA APLICAÇÃO DE CALOR:

   •Possui efeito local e sistêmico;
   •Dilata vasos sanguíneos periféricos; 
   •Reduz a viscosidade do sangue;
   •Aumenta a permeabilidade capilar;
   •Aumenta o metabolismo tissular;
   •Reduz a tensão muscular;
   •Alivio da dor.

EFEITOS SISTÊMICOS DO CALOR PROLONGADO:

    •Débito cardíaco aumentado;
    •Transpiração;
    •Frequência aumentada das pulsações;
    •Pressão arterial diminuída.


EFEITOS DA APLICAÇÃO DE FRIO:


    •Possui efeito local e sistêmico;
    •Contrai os vasos sanguíneos periféricos;
    •Diminui o fluxos sanguíneo aos tecidos;
    •Reduz a liberação local de substâncias que produzem dor;
    •Permeabilidade capilar diminuía;
    •Necessidades metabólicas diminuídas;
    •Coagulação aumentada;
    •Reduz espasmos musculares;
     Promove conforto
O FRIO É USADO PARA: 
      •Após trauma direto;
      •Dor de dente;
      •Espasmos musculares;
      •Após distensões;
      •Algumas síndromes dolorosas crônicas.


EFEITOS SISTÊMICOS FRIO PROLONGADO: 
Aumento da pressão arterial;
Arrepios;
Tremor;
Lesão tissular;





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